#FlautaVertebrada: despir-se das máscaras cotidianas e “sair de cara lavada”, sem sombra, rímel nem batom vermelho

por Helena Arruda
não uso máscaras!
uso é maquiagem
: batom escarlate
: sombra
: rímel
: blush
quanta baboseira!
quero é sair de cara lavada
e escarrar na boca da tristeza.
(Interditos, Rio de Janeiro: Batel, 2014)
Helena Arruda nasceu em Petrópolis. É mestra e doutora em Literatura Brasileira (UFRJ). Poeta, contista, ensaísta, é autora dos livros Interditos – poemas (2014); Mulheres na ficção brasileira – ensaios (2016), ambos pela Editora Batel; Corpos-sentidos (2020), Editora Patuá; Suas publicações mais recentes constam em Ficção e travessias: uma coletânea sobre a obra de Godofredo de Oliveira Neto (7Letras, 2019), Ato Poético (Oficina Raquel, 2020) e Ruínas (Patuá, 2020). Escreve n’O Partisano quinzenalmente às quintas-feiras.