Cartaz | por Felipe Mendonça

#FlautaVertebrada: uma contundente lista de palavras de ordem, “Pelo fim, já, / Da Globo e da Polícia Militar!”

Imagem: reprodução
por Felipe Mendonça

A Rede Globo
É a nossa Bastilha!

A Rede Globo
Precisa ser destruída!

Pelo fim, já,
Da Globo e da Polícia Militar!

Vamos tirar tudo
Das elites brasileiras,

Por nos entregar à rapina
E nos deixar nus e sem recursos,

Por nos transformar
Numa república bananeira,

Por entregar de bandeja,
Aos abutres, as nossas riquezas.

Vamos deixar nossa bandeira
Mais vermelha!

Quebrar umas vidraças
Levantar barricadas!

Não ser black block
Que luta

A esmo e a reboque
Do Instituto Cato!

Grupo financiado
Pelos irmãos Koch!

Sair do Facebook
E apoiar os sindicatos!

Sair do Facebook
E mostrar a nossa cara!

Sair do armário
E mostrar as nossas taras!

Virar blogueiro
Que denuncia monstros verdadeiros!

Chega de preconceito
E violência doméstica!

Por que fomos tão burros
E não protestamos pelas coisas certas?

Por que fomos tão burros
E colocamos no poder velhos corruptos?

Por que saímos enfurecidos e loucos
A serviço da CIA e da Globo?

Aqui não é a Venezuela;
É uma imensa favela!

Repleta de muros, condomínios
E de um povo idiota e cínico!

O Gigante acordou!
Tomou sete gols

E saiu da casa
Ouvindo Lady Gaga!

Vai pra Cuba.
Vou!

Porque não sou
Um filho da puta

E lá não tem Rede Globo
Nem gigantes bobos!

 

Felipe Mendonça é poeta e ensaísta brasileiro, nascido em 1976, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, que cresceu no Rio de Janeiro no bairro da Ilha do Governador. Hoje vive em Belford Roxo/RJ. É mestre e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Administra um blog de poemas chamado “Poesia, necessário pão” em que publica poemas de sua autoria, tendo publicado em 2018, pela Chiado Books, um livro de poemas intitulado “Reescritos”. Escreve n’O Partisano quinzenalmente às segundas-feiras.

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