#FlautaVertebrada: “O amor que eu sinto, / sinto muito, / sofre de defeitos”

por Maira Garcia
O amor que eu sinto é bravio,
ninguém toma.
É tão meu que a boca
que não sente dormente
não concorda.
Em coração que não sente
fica intragável, o ar rarefeito.
O amor que eu sinto,
sinto muito,
sofre de defeitos.
É mal educado,
peço desculpas
pela falta de jeito.
O amor que eu sinto
não tem jeito.
Veio como veio,
veio cheio de defeito.
Maira Garcia é autora dos livros de poesia ‘Depois da lua de ontem’ e ‘Antes do sol de amanhã’, ambos da Editora Patuá. Escreve n’O Partisano quinzenalmente aos domingos.