Das pequenas felicidades que me movem │por Helena Arruda

#FlautaVertebrada: Leitura, fé, poesia e resistência são palavras simples, mas que na prática, aterrorizam qualquer fascista

Imagem: Jorm S
por Helena Arruda

li por aí pelo mundo que fascistas acham inútil a poesia
nos acham todos loucos e alucinados e bêbados,
mas têm um medo danado da nossa liberdade

[leitura]

então tive um ímpeto de felicidade e de esperança

[fé]

decidi seguir
me-sendo-o-que-sempre-fui

[poesia]

fascistas não passarão,
mas eu-passarinho-no-ninho-das-palavras
sobrevoo o mundo e
vejo que ainda há solução

e sigo mirando com meu fuzil imaginário
somente o amor
na tentativa de curar a dor

[resistência]

Helena Arruda nasceu em Petrópolis. É mestra e doutora em Literatura Brasileira (UFRJ). Poeta, contista, ensaísta, é autora dos livros Interditos – poemas (2014); Mulheres na ficção brasileira – ensaios (2016), ambos pela Editora Batel; Corpos-sentidos (2020), Editora Patuá; Suas publicações mais recentes constam em Ficção e travessias: uma coletânea sobre a obra de Godofredo de Oliveira Neto (7Letras, 2019), Ato Poético (Oficina Raquel, 2020) e Ruínas (Patuá, 2020). Escreve n’O Partisano quinzenalmente às quintas-feiras. Poema de hoje diretamente do livro Corpos-sentidos (2020).

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