Boeda gum dariz endubido | por Andri Carvão

#FlautaVertebrada: um divertido poema fanho e de nariz entupido: “U beu dariz endubido / Gomo bia ou vaso zanidário”

Imagem: Paula Bustamante
por Andri Carvão

Para Antonio Vicente Seraphim Pietroforte

U beu dariz esbirrou e voi
Ranho ba dudo gue é lado
U beu dariz esbirrou e voi
Esdrondoso ba garaio
U beu dariz esbirrou e voi
Uba lava vulgâniga zó
Um jado dal bus e zuor

U beu dariz esgorrendo
Bingou no gavé da banhã
U beu dariz esgorrendo
Bingou no jhá da darde
U beu dariz esgorrendo
Bingou na binha gobida
E desdemberou binha vida

U beu dariz endubido
Gomo bia ou vaso zanidário
U beu dariz endubido
E os olhos lagribejando
U beu dariz endubido
E uba boleza no gorbo
Boribundo é beio bordo

Esbirro em gis
Ai o beu dariz
Eu zou veliz
Bor um driz
Be diga be diz
U gue gue eu viz
Eu berezo blease

U bal bela raiz
Arranga beu dariz
Zeu desinveliz

Um rolo de babel no vim
Um rolo de babel usado
Um rolo de babel no zesdo
Um rolo de babel esgrebinhado

 

Andri Carvão cursou artes plásticas na Escola de Arte Fego Camargo em Taubaté, na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e na EPA – Escola Panamericana de Arte [SP]. Graduando em Letras pela Universidade de São Paulo, o autor tem diversas publicações online e antologias. Um Sol Para Cada Montanha [Chiado Books, 2018], Poemas do Golpe [editora Patuá, 2019] e Dança do fogo dança da chuva [editora Penalux], entre outros. Escreve n’O Partisano quinzenalmente às terças-feiras.

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