#FlautaVertebrada: “E o meu pedido / É que nunca cesses / Teus rodopios”

por Felipe Mendonça
Quando falas,
Quando calas,
Quando sonhas,
Quando brincas
E, em rodopios,
Giras a saia,
Ainda mais te desejo
O púbere seio.
Quando explodes
Em viço
E beleza,
Amando a branca luz,
Deixas todo
Todo o meu corpo vermelho,
E o meu pedido
É que nunca cesses
Teus rodopios,
Que nunca deixes
De ser linda,
Linda menina,
Até caíres tonta
Nos meus braços
E seres minha.
Felipe Mendonça é poeta e ensaísta brasileiro, nascido em 1976, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, que cresceu no Rio de Janeiro no bairro da Ilha do Governador. Hoje vive em Belford Roxo/RJ. É mestre e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Administra um blog de poemas chamado “Poesia, necessário pão” em que publica poemas de sua autoria, tendo publicado em 2018, pela Chiado Books, um livro de poemas intitulado “Reescritos”. Escreve n’O Partisano quinzenalmente às segundas-feiras.