População paraguaia pede renúncia do presidente

Em função desses acontecimentos, o ministro da saúde, alvo inicial dos manifestantes, renunciou ao cargo

por Alexandre Lessa da Silva

A população paraguaia foi às ruas nesta sexta-feira (5) para pedir a renúncia do presidente Mario Abdo Benítez, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro. Benítez, que pertence a um partido conservador e nacionalista, o Partido Colorado, também é muito criticado no país por suas relações com a ditadura paraguaia. Seu pai, Mario Abdo, foi secretário particular do ex-ditador Alfredo Stroessner.

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Em 24 de maio de 2019, Benítez passou por maus momentos, chegando até ser ameaçado de impeachment pelo Congresso daquele país, em função da assinatura de um acordo, muito vantajoso somente para o governo brasileiro, sobre a energia produzida por Itaipú, uma usina binacional. Como resultado, Brasil e Paraguai acabaram por anular o acordo e, assim, livrar o paraguaio do risco de impeachment.

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Os motivos para a revolta dos paraguaios, segundo os jornais locais, são a enorme crise sanitária, semelhante à brasileira, a corrupção do governo e a situação da educação. Pouco antes das 18 horas, uma multidão estava reunida na rua Paraguayo Independiente, nas imediações do Congresso Nacional, em Assunção. A manifestação foi convocada usando a hashtag #EstoyParaElMarzo2021 e inflamada pela falta de medicamentos básicos para o enfrentamento da COVID-19 em hospitais de todo o país.

Houve um grande confronto, com vários feridos, entre a polícia e os manifestantes. Em função desses acontecimentos, o ministro da saúde, alvo inicial dos manifestantes, renunciou ao cargo, e, agora, a multidão pede a renúncia do presidente.

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Após o confronto dos manifestantes com a polícia, passou a existir uma espécie de trégua, mas os manifestantes continuam nas ruas e pedindo a renúncia do aliado de Bolsonaro.

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