Trump ameaça espirrar em Maduro

Presidente dos EUA já elaborou um ousado plano de invasão da Venezuela, em que ele irá sozinho e pessoalmente levando um arsenal de perdigotos

Imagem: reprodução
por Guilherme Moreno

Na madrugada de hoje (2) o presidente dos EUA, Donald Trump, produziu a primeira coisa positiva para o mundo em toda a sua vida. Um teste positivo para a presença do coronavírus em seu organismo. Aqui no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro é tão deslumbrado com Trump que o imitou retroativamente, pegando Covid-19 antes do Trump só para ter mais uma coisa em comum com seu ídolo. Trump tem duas cópias diferentes no Brasil, Bolsonaro e Roberto Justus. O segundo é um aprendiz, mas os três negam, cada um à sua maneira, a gravidade da pandemia e a importância de combatê-la.

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Trump, que defendeu durante o primeiro debate presidencial, realizado essa semana, que os EUA reabram e retomem as atividades para recuperar a economia, foi ao Twitter anunciar que já está em tratamento e em quarentena. Enfim, a hipocrisia.

A primeira-dama, Melania Trump, também testou positivo para o coronavírus. O que não surpreende, estranho foi a Michele Bolsonaro não ter pego a doença enquanto o marido estava infectado. Trump e a esposa se juntam aos mais de 34 milhões de norte-americanos infectados até agora, segundo as estatísticas oficiais. Os EUA já registraram mais de 1 milhão de mortos. Além de advogar a reabertura do país, Trump e negar a gravidade da pandemia nos primeiros meses de seu avanço, recentemente Trump vinha fazendo declarações que colocavam em dúvida o uso de máscara.

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Arma de destruição em baba

Apesar de estar doente, Trump não se deixou abater. Autor de livros de autoajuda, gênero pródigo em metáforas ruins, o homem tratou de enxergar o copo meio cheio e fazer dos limões que a vida deu a ele uma limonada. O presidente disse estar fazendo um “terrific job” (“trabalho formidável”) para derrubar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, porque ele seria “very, very bad” (“muito, muito ruim”), e vai aproveitar a chance para atacar o mandatário venezuelano pessoalmente.

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O plano consiste em juntar seu “tremendous” (“tremendo”) arsenal de perdigotos assassinos, adquiridos com a Covid-19, e ir até a Venezuela espirrar na cara do Maduro. Trump será lançado em um míssil teleguiado a partir de um destróier dos EUA que está navegando ameaçadoramente perto do país caribenho. Devemos denunciar essa ingerência pouco higiênica do imperialismo na América do Sul. Gringos, go home!

Imagem: O Partisano

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