“Eu falei pênis!”: capitã cloroquina na CPI da pandemia

Inspirada na mamadeira de piroca, a convidada à sessão da CPI desta terça-feira (25), Mayra Pinheiro, criou a vacina de piroca, ao vivo, bicho. Só vem, vacina!

por Bibi Tavares

Nesta terça-feira (25), o reality show mais aguardado do país tem novos episódios. A CPI da pandemia recebeu a “capitã cloroquina”, Mayra Pinheiro, uma das clorokillers do governo Bolsonaro. Nas horas vagas, ela ocupa o cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no atual Ministério da Saúde. Parece que o Alzheimer que acometeu o Ernesto Araújo em sua sessão da CPI, também atacou Mayra, pois metade de suas respostam se resumiam a “não que eu me lembre”.

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Quem também deu o ar da graça na sessão foi a deputada Carla Zambelli. Fontes fidedignas informaram que ela estava lá, com seu vestido de bolinhas, para organizar a fila do banheiro: “não vai ter banheirão na minha gestão do toalete, amém!”, disse ela meio esbaforida pela manhã.

A secretária da Gestão do Trabalho parecia meio atrapalhada, não soube dizer se entidades médicas nacionais e internacionais possuíam a mesma idoneidade da renomada Instituição Zapzap de Medicina. Não dá pra discordar, os inúmeros estudos científicos originados no Zap têm total respaldo do Instituto de Pesquisa Tireidome Uku. Pelo menos dessa vez ela defendeu o uso de máscara, mas só dessa vez:

Por incrível que pareça, Mayra Pinheiro manteve sua posição sobre a cloroquina, afirmando que os médicos têm autonomia para prescrever tudo o que eles acham que pode salvar seu paciente. Bom, diante da existência do chá de boldo e do caldo de cana, não sei por que ainda dão moral pra cloroquina. Aliás, a proposta do ozônio retal seria muito mais interessante, até para abrir a mente dos brasileirinhos e brasileirinhas conservadores.

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Depois de comparar Covid com piolho ao falar da ivermectina, Mayra deu a certeza de que a justiça tem que ser feita na trocação. Ainda levou uma rasteira do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez a bonita discordar de uma frase imbecil pra no fim dizer que era do Bolsonaro, o que fez com que o cy dela se fechasse automaticamente e falasse que não iria omitir opinião sobre o comportamento do presidente, rs.

“Era um tênis”

A clorokiller passou um carão depois do Randolfe colocar um áudio em que ela fala que a FioCruz tinha um pênis gigante na porta de entrada da entidade, além de quadros e cartazes de Lula Livre, Marielle Presente e Che Guevara. Segundo ela, a FioCruz se tornou a nova sede da FFLCH. Omar Aziz até tentou amenizar a situação “Ela disse tênis!”. Porran, Aziz, não fode! Ela não só disse pênis, como tentou deslegitimar a seriedade de uma instituição do naipe da FioCruz. Parabéns, doutora Mayra, inspirada na mamadeira de piroca, você acabou de criar a vacina de piroca. Nós amamos!

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O festival de eufemismo, como disse o próprio Randolfe, depois da galera não assimilar uma ironia, um pênis inflável e mais um monte de abobrinha, foi um sucesso. Teve Eduardo Girão feministo, só faltou a música do Chaves triste saindo da vila, tentando defender a Mayra Pinheiro. Tadinho, tava onde quando a Dilma foi interrogada e ofendida no impeachment, flor? Emendou uma bosta na outra.

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Já o Eduardo Braga (MDB-AM) deu uma boa espremida na capitã clorokiller, resumidamente, mandou um “enfia o currículo no cu, eu quero saber se você é cientista pra sair falando da eficácia de cloroquina, porran!”. Enfim, a sessão terminou e já estamos com saudades da próxima. Esperamos que nosso floquinho de relatoria, Renan Calheiros, durma bem s2

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