Corno acima de tudo, manso acima de todos

por Bibi Tavares

Bolsonaro volta a chorar no banho, mas, dessa vez, com sua JBL ligada no último volume na playlist “músicas para corno dormir”. Uma das letras chega a mandar o recado direto e reto para ele: desça daí seu corno, desça daí. O que mais falta para você largar a presidência, Jair? Está registrado nos anais da internet que o imbrochável e ressecado presidente levou um par de chifres de sua ex-mulher, aquela que organizava as rachadinhas, segundo um ex-assessor da familícia. O babado forte é que o amante da tal é militar, o que torna tudo mais intrigante, já que Bolsonaro sente uma atração inexplicável por homens fardados. Não sabemos dizer se o término do casamento se deu por ciúme da mulher ou do amante.

Sim, sabemos que esse papo de traição pode soar um falso moralismo, mas o que é melhor que um tremendo moralista pagando a própria língua? Se Bolsonaro fosse um adepto da não-monogamia, por exemplo, poderia alegar agora que não foi chifre e que até ele se divertiu num medonho menage, com algemas e tudo.

Bolsonaro na última motociata, com o capacete especial de uso exclusivo das Forças Armadas, que ganhou da esposa.

Veja, senhor presidente, todo mundo já foi corno um dia. Eu, você, ninguém escapa. Aliás, escapa sim, e com um bombeiro. Se Jair Bolsonaro fosse esperto, poderia utilizar essa tragédia matrimonial para se aproximar mais do povo, ser gente como a gente, que senta com as costas torta, que come pastel na feira, anda de moto e leva gaia. Bolsonaro seria eleito no primeiro turno se dependesse do voto de todo mundo que já levou chifre, mas ele não sabe aproveitar um case de sucesso. Não adianta ser imbrochável e incomível, ninguém está imune ao chifre.

É um grande dia, uma satisfação enorme ver um psicopata, misógino e racista pulando alto por sua vida ser uma grande farsa. Bolsonaro vai ter que lidar com algo mais grave, na visão dele, do que o comunismo: a FOFOCA. Sim, nos corredores do Alvorada, nas motocadas, no culto, até no cercadinho, Jair vai ter que lidar com gente segurando o riso e gente querendo saber até a cor da cueca do amante. A história vai virar uma bola de neve, repassada igual telefone sem fio de criança. Começou com um chifre e vai terminar com alguém revelando que Bolsonaro era praticante de BDSM e cadelinha de militar. Não, pera.

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